Termômetro de mercado
03/06/2017

Aquisições movimentam o mercado

Vem ocorrendo uma onda crescente de aquisições (muitas vezes, por empresas estrangeiras ainda não atuantes no país) no mercado industrial lácteo brasileiro.

A mais recente aquisição foi realizada pelo fundo de investimentos americano Arlon Latin America, que comprou 20% da CBL Alimentos, dona da marca Betânia – empresa localizada em cinco estados brasileiros e atuante em 9 linhas de produtos (leite pasteurizado, leite UHT, bebidas lácteas, iogurtes, requeijão, doce de leite, leite em pó, creme de leite e leite condensado). Estima-se que a compra tenha sido realizada por volta de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões.

No mês de abril, mais um importante investimento estrangeiro foi efetuado: 40% do laticínio Porto Alegre foi adquirido pela Emmi, empresa multinacional de origem suíça que ainda não tinha operações em nosso mercado. Posicionado entre os cinco maiores laticínios do estado de Minas Gerais, o laticínio Porto Alegre permite a companhia suíça avançar em sua estratégia de crescimento internacional.

Em março, foi a vez do grupo italiano Granarolo, adquirir 60% da importadora e distribuidora brasileira de produtos europeus: a Allfood, além das operações do laticínio Yemma, conhecido pela produção de queijos finos. No início do ano também houve o anúncio da compra de 49% do laticínio PICNIC pela Leprino Food Company, empresa de origem norte-americana e com forte atuação no mercado de queijos para food services.

Não podemos esquecer de mencionar a aquisição do Laticínios Carolina pela General Mills, empresa norte-americana que já atuava no Brasil, e a entrada, há algum tempo, da gigantes francesa Lactalis, adquirindo todo o negócio de lácteos da Brasil Foods (BRF), além da operação de produção de queijos da Balkis.

Estas movimentações e outras ainda em negociação reforçam o grande potencial do mercado brasileiro de lácteos, em função do tamanho do nosso mercado e do seu ainda grande potencial de crescimento.