Termômetro de mercado
08/06/2017

Chuvas em excesso: atenção ao leite no sul do Brasil

O sul do Brasil e, principalmente, os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, têm sido “castigados” por chuvas excessivas que, no que tange à produção/logísticas do leite, traz algumas consequências:

• O desenvolvimento das pastagens de inverno (aveia, azevém), semeadas a partir do início de abril, pode ser comprometido pela associação de efeitos do alagamento das áreas e a pouca insolação (pouca fotossíntese e, portanto, piores condições de desenvolvimento das forrageiras). Adicionalmente, a locomoção dos animais nas pastagens alagadas fica bastante comprometida, assim como o pastoreio. Um efeito negativo adicional pode ser o aumento da incidência de mastite ambiental, em função da formação de áreas de barro nas quais as vacas deitam.

• A coleta do leite pelas indústrias processadoras fica comprometida, em função do tamanho e peso dos caminhões que tem de trafegar por estradas de terra, também alagadas e embarreiradas. Aumentam também os problemas com acessos ruins às propriedades, quedas de pontes, etc.

No entanto, algumas notícias que nos chegam do sul aliviam um pouco o cenário. Aparentemente, os estoques de silagem de milho são bons, e os preços das rações são competitivos (em função da situação boa de oferta no mercado de soja e, notadamente, de milho). Quanto aos pastos alagados, as áreas nas quais a semeadura e o manejo foram realizados adequadamente, o impacto tende a ser menor. Finalmente, há a perspectiva, a partir do dia 10/06, de um período de 10 a 12 dias sem chuvas (ou, com menos chuvas), o que pode aliviar a situação também.
De qualquer forma, estaremos atentos e observando o andamento da questão climática no sul e seus eventuais impactos na produção brasileira de leite e nas condições de mercado. Não deixe de acompanhar as informações aqui no Termômetro do MilkPoint Radar!