Termômetro de mercado
14/08/2017

Importações em queda este ano

Aparentemente, nos próximos meses, as importações não devem incomodar tanto a cadeia leiteira brasileira quanto em 2016. Como observamos no gráfico 1, que apresenta os volumes mensais (em equivalente leite) do produto importado pelo Brasil, desde março deste ano a tendência é de internalização de volumes menores que os comprados no ano passado. No acumulado janeiro a julho, a queda do volume comprado é de 13,5%.

Gráfico 1. Importações brasileiras de lácteos (em equivalente leite) (milhões litros/mês).

Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado, a partir de informações do sistema ALICE/MDIC

Esta tendência para os importados vem, de certa forma, aliviar a maior produção local que tem sido verificada pelos diferentes índices que a monitoram. No entanto, é importante “ficar de olho”. Nossos principais fornecedores de lácteos importados, basicamente o Uruguai e a Argentina, têm sua produção crescendo este ano também.

No caso do Uruguai (que respondeu pela maior parte das importações brasileiras em 2016), a produção do país vem crescendo cerca de 5,1% este ano em relação ao ano passado (crescimento no período de janeiro a junho). Chama a atenção para o crescimento do leite no Uruguai em junho (+11,5% em relação ao ano passado). Na Argentina, a produção começou 2017 caindo em relação a 2016, mas começou a recuperar-se a partir de abril (entre abril e junho deste ano, os volumes de produção naquele país cresceram 5% em relação aos mesmos meses de 2016).