30/04/2018
Gráfico 1. Cotação do milho em Campinas – R$/saco 60 kg
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do Cepea e da BM&F
Alguns fatores, internos e externos, explicam este cenário de preços:
Internos: os produtores de milho reduziram a área total (milho de 1ª e 2ª safra) em 5,6% (Conab) nessa safra por conta dos preços mais fracos em 2017 e, além disso, diminuíram os investimentos em tecnologia, o que, segundo as estimativas mais recentes da Conab, resultará em queda de 4,1% na produtividade. Até o momento, não foram sentidos fortes impactos na produtividade por conta das dificuldades climáticas ocorridas no início do ano, mas ainda há uma grande quantidade de milho 2ª safra nas lavouras que dependem de chuvas para seu desenvolvimento ideal, e isso pode afetar as cotações do grão nas próximas semanas.
Externos: como se sabe, o mercado internacional exerce uma enorme influência nos preços internos do milho. A quebra de safra na Argentina e o atraso na semeadura dos Estados Unidos vêm sendo os principais fatores externos responsáveis pela sustentação dos preços no Brasil.
O produtor de leite deve ficar atento à janela de compra do milho: historicamente, os meses entre abril e setembro tendem a trazer queda de preços, por conta da entrada da safra (milho da safrinha). Adicionalmente, há fatores conjunturais que devem ser monitorados: a recente valorização do dólar fortaleceu as cotações do milho, e eventuais quedas no dólar podem resultar em preços mais baixos do milho. Também, a demanda interna pode “sofrer” um pouco nesse ano, pois tanto o mercado de aves quanto o de suínos ainda padecem com baixa demanda e fortes quedas de preços, o que pode restringir a demanda de milho desses importantes consumidores.
Fato é que, mesmo com o cenário de custos complicados esse ano, quanto melhor o planejamento e maior a cautela do produtor nas compras do milho, maior a possibilidade de lidar (e se sair bem) com o atual momento complicado que o mercado lácteo enfrenta.
Milho: mercado segue exigindo cautela
Apesar da perspectiva da chegada da safrinha e de grandes volumes entrando no mercado, o milho segue devendo receber atenção redobrada dos produtores de leite que são compradores do grão, com cenário de preços bastante mais elevados do que em 2017. Na média de abril, o Indicador Cepea mostra o milho a R$ 39,3/saca em Campinas, 36% mais alto em relação à média de abril do ano passado, enquanto os contratos futuros negociados vêm mostrando estabilidade em patamares elevados até o final do ano, com preços consideravelmente mais altos na comparação anual, como mostra o gráfico 1.Gráfico 1. Cotação do milho em Campinas – R$/saco 60 kg
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do Cepea e da BM&F
Alguns fatores, internos e externos, explicam este cenário de preços:
Internos: os produtores de milho reduziram a área total (milho de 1ª e 2ª safra) em 5,6% (Conab) nessa safra por conta dos preços mais fracos em 2017 e, além disso, diminuíram os investimentos em tecnologia, o que, segundo as estimativas mais recentes da Conab, resultará em queda de 4,1% na produtividade. Até o momento, não foram sentidos fortes impactos na produtividade por conta das dificuldades climáticas ocorridas no início do ano, mas ainda há uma grande quantidade de milho 2ª safra nas lavouras que dependem de chuvas para seu desenvolvimento ideal, e isso pode afetar as cotações do grão nas próximas semanas.
Externos: como se sabe, o mercado internacional exerce uma enorme influência nos preços internos do milho. A quebra de safra na Argentina e o atraso na semeadura dos Estados Unidos vêm sendo os principais fatores externos responsáveis pela sustentação dos preços no Brasil.
O produtor de leite deve ficar atento à janela de compra do milho: historicamente, os meses entre abril e setembro tendem a trazer queda de preços, por conta da entrada da safra (milho da safrinha). Adicionalmente, há fatores conjunturais que devem ser monitorados: a recente valorização do dólar fortaleceu as cotações do milho, e eventuais quedas no dólar podem resultar em preços mais baixos do milho. Também, a demanda interna pode “sofrer” um pouco nesse ano, pois tanto o mercado de aves quanto o de suínos ainda padecem com baixa demanda e fortes quedas de preços, o que pode restringir a demanda de milho desses importantes consumidores.
Fato é que, mesmo com o cenário de custos complicados esse ano, quanto melhor o planejamento e maior a cautela do produtor nas compras do milho, maior a possibilidade de lidar (e se sair bem) com o atual momento complicado que o mercado lácteo enfrenta.
